25 julho 2007

Corda Bamba - lançamento - dia 26 de julho, no Teatro do IRDEB, às 20:00

Maestro, compositor, arranjador e instrumentista, o baiano João Omar desenvolve sua produção musical em peças para violão, instrumentos sinfônicos, coro, canções e poemas musicados.


Ganhador do Prêmio Sharp, em 1998, como melhor arranjador e selecionado para participar do Projeto Pixinguinha 2005 no qual como único representante baiano, o instrumentista tem como instrumento principal o violão.


Filho de Elomar, uma dos maiores mitos da música do sertão, acompanha o pai desde os nove anos de idade. Começou a tocar profissionalmente aos 15 anos. – “A primeira apresentação numa capital foi em Brasília, acho que no Teatro do Parque; eu estava vestido de jaleco, chapéu e bota de couro...tinha nove anos. Daí foi uma seqüência. Me prometeram uma flauta transversal, mas passou o tempo e nada dessa flauta chegar, eu desisti e fui estudar violão”.


Seu processo de musicalização começou em casa, com a convivência com artistas que por lá passavam, como Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Dércio Marques, com um bando de violões de doze, dez, seis cordas, Xangai, dentre outros. - “É muito mais eficiente do que a experiência compulsória, o estudo obrigatório. Por isso, eu acredito que a musicalização dentro de casa foi o elemento mais importante para a minha formação. Minha ligação com a música erudita é muito forte, desde os 7 anos eu já ouvia fitas com concertos que eu nem sabia o nome, na época. Ouvia compositores alemães, italianos, etc. Eu vivia impregnado dessa música, até que eu e meu irmão tomamos a iniciativa de estudar violão. Meu pai, que só vivia na fazenda, só teve tempo de ensinar para a gente o dó. Quando chegava em casa, ele estava sempre tocando e a gente olhando”.


Em 1992 montou o grupo Caleidoscópio, com a composição de violão (João Omar), flauta (Elena Rodrigues) e violoncelo (Marcos Roriz). O Caleidoscópio consolidou um trabalho que misturava elementos populares, eruditos e composições ‘elomarianas’. O grupo adquiriu autonomia e passou a organizar repertório próprio para apresentações independentes.


Corda Bamba é o primeiro trabalho solo de João Omar. Das 10 músicas que compõem o disco, cinco são composições de sua autoria. Na temática passeia pelas searas de Paulinho Nogueira (Bachianinha nº 1) – a viola e o cello acompanham o violão “bem temperado”; de Elomar (Curvas do Rio); de Leonardo Boccia (Apenas Uma Nuvem) e Borega (Ciclo Retirante) – com belos arranjos; do Maestro Álvaro Mascarenhas (Maestro Alvinho) – com uma homenagem ao mestre que partiu no mesmo dia em que João decidiu gravá-lo, sem saber, assim, da homenagem; até chegar a sua própria - Nordestilhas, Kalimbaião, Chorinho da Villa, Choro Arpejado e o samba Corda Bamba, que dá título ao álbum.


João Omar quis reunir nesse trabalho amigos, parceiros e músicos conhecidos do cenário baiano. Retomou a parceria com Elena Rodrigues e Marcos Roriz, chamou para uma conversa de esquina Edson 7 Cordas e Cacau do Pandeiro, dividindo com os mestres um chorinho que é quase um jogral do cotidiano brasileiro, tendo ainda João Paulo (Jotapê) no clarinete; os amigos Petrônio Joabe e Borega nos violões, e, também, João Liberato na flauta; Jean com o fagote; não esqueceu a zabumba de Ferreti e a percussão bem afinada de Giba Conceição e Gilberto Santiago, além de contar com as participações especiais do violão de Mário Ulloa e do bandolim de Armandinho.


A intenção foi a de registrar composições e arranjos em que o violão se destaca como elemento condutor e agregador, desnudando a polivalência do instrumento - ancestral e popular na tradição musical brasileira, seja quando opta por uma pequena formação instrumental ou quando decide envolvê-lo numa malha sonora do universo sinfônico. Embora circule por vários estilos, mas, como característica de sua própria formação musical - clássica e regionalista, estar oscilando entre o erudito e o popular, entre o folclórico e o regional, entre o violão e o cello, enfim, foi um dos motivos que contribuíram para a escolha do nome do disco instrumental “Corda Bamba”.


Vencedor do Edital Petrobras Cultural 2004/2005, o projeto é uma realização da Cada Macaco No Seu Galho e também o disco de estréia do selo de música independente Garimpo, da produtora Soraia Oliveira, que ainda assina a produção e a direção artística.

Lançamento dia 26 de julho, no Teatro do IRDEB, às 20 h, com show para convidados. O álbum CORDA BAMBA poderá ser encontrado brevemente para venda nas lojas Pérola Negra [3336-6997] e MidiaLouca [3334-2077], em Salvador, além de lojas em outros estados como Arlequim [21] 2220.8471, Modern Sound [21] 2458.5005 e Bamboletras [51] 3221.8764.

2 comentários:

Everton disse...

O Show foi MARAVILHOSO!!!!

Muito obrigado a João Omar e a Produtora Cada Macaco no seu galho(com toda sua equipe!) por nos presentear com este grande Show!!!!

PARABéNS!!! e vida longa ao projeto!!!

grande abraço!!

Ensaio de casamento disse...

maravilha de show,
joão e sua galera arrebentaram.
parabéns a todos que estiveram envolvidos nesse projeto!